quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Funeral do Patrão 1975 de Eduardo Geada


O Funeral do Patrão (1975) é um filme de longa-metragem de Eduardo Geada, uma das primeiras obras de ficção do cinema militante português, género amplamente explorado em Portugal na década de setenta, em particular no documentário.
Em consequência de uma greve numa fábrica cujo dono decide descontar um terço do salário dos trabalhadores para comprar máquinas e fazer face à concorrência, estes vêem-se perante a séria ameaça da repressão policial. Decidem então empreender novas formas de luta, mediante uma narrativa em que põem a nu a exploração e opressão de que são vítimas.
Com a Revolução dos Cravos, no dia 25 de Abril de 1974, abrem-se portas para uma renovação social em que dominam a liberdade de expressão e as lutas das classes mais desfavorecidas. Acredita-se que o socialismo deixa de ser uma utopia e que os progressos que a ele conduzem serão irreversíveis.
O Funeral do Patrão é uma contundente sátira política que concilia os métodos de representação da revista à portuguesa com a tradição da commedia dell'arte, que anima as melhores experiencias teatrais de Dario Fo.
Neste filme, a obra de Dario Fo - que viria a ser galardoada com o Premio Nobel da Literatura em 1997 - foi pela primeira vez dada a conhecer ao público português.

Youtube Funeral do Patrão de Eduardo Geada; Dario Fo; Mário Viegas 
Filme completo aqui.



Ficha Artística

Ângela Ribeiro, António Rama, Artur Semedo, Carlos César, Io Appolloni, Lia Gama, Luís Lello, Mário Viegas, Orlando Costa, Santos Manuel

Ficha técnica

Realização      Eduardo Geada                        
Argumento    Eduardo Geada segundo peça de Dario Fo
Actores            Mário Viegas, Artur Semedo, Luís Lello, Io Appolloni, 
Lia Gama, Carlos CésarSantos Manuel, 
Orlando Costa, Ângela Ribeiro e António Rama.
Produtor          RTP
Fotografia José Luís Carvalhosa            
Montagem     Eduardo Geada            
Som           Carlos Alberto Lopes
Canções Orlando Costa
Figurinos José Costa Reis

Impossivel Evasão 1983 de Eduardo Geada

Impossivel Invasão é o quinto filme da série Lisboa Sociedade Anónima. Situada nos anos 60, é a tocante descida à miséria sentimental de uma pequena burguesia vivendo em quartos alugados, sufocando em precários ordenados de manga-de-alpaca da função pública, com um horizonte cultural de futebol e televisão e tendo, em pano de fundo, a guerra colonial e a glória da ponte sobre o Tejo. Assinale-se um bom trabalho de actores (com relevo para Maria do Céu Guerra), a construção de um clima opressivo e medíocre, bem sublinhado por canções de época, a definição de personagens concisa e rigorosa. (in Jorge Leitão Ramos, Dicionário do Cinema Português)

YOUTUBE Impossível Evasão de Eduardo Geada, segundo Urbano Tavares Rodrigues; cena com Maria do Céu Guerra e Artur Semedo.

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Ficha técnica

Realização       Eduardo Geada                        
Argumento    Eduardo Geada segundo texto de 
Produtor          RTP
Fotografia Manuel Costa e Silva
Som Carlos Pinto            
Montagem     João Carlos Gorjão e Manuela Gorjão
Cenografia António Casimiro             
Musica Vários
Documentário Joaquim Vieira