Livros Horizonte, Lisboa 1975
… não se pense que
esse gosto do rigor e do método que a si próprio impõe, leva Geada a cercear a
liberdade de criação, o golpe de asa inventivo. Nada disso. O que caracteriza os
seus escritos é justamente o equilíbrio entre a investigação praticada com a
seriedade académica e a originalidade dos enfoques, o compromisso com uma visão pessoalíssima dos objectos que trata.
Como consegue Geada atingir este difícil desiderato? Através de uma constante
actualização dos seus conhecimentos teóricos e técnicos, transpondo para o
ensaismo a sua experiência de autor cinematográfico mediada pelo domínio das
mais modernas concepções teóricas, das posições que vêem no cinema uma manifestação
dialéctica, um fenómeno historicamente caracterizável. Afinal, não é Geada
professor, realizador e crítico? E é com base neste tríplice estatuto que é
possível realizar uma leitura justa dos trabalhos incluídos nesta colectânea,
neste poder do cinema.
(Da introdução de Salvato Teles
de Menezes)
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INDICE
INTRODUÇÃO por
Salvato Teles de Menezes
I — A ESTÉTICA NA HISTORIA
1. O Movimento e a Luz do Futuro
2. O Filme Expressionista Alemão
3. Dada e Surrealismo no Cinema
II — CONSTITUIÇÃO DA LINGUAGEM
1. Da Cena ao Plano
2. Eisenstein: O Saber e o Poder
3. Pasolini: O Real e a Morte
4. Psicanálise do Écran
III — SEXUALIDADE / DESEJO / PRAZER
1. Imagens da Mulher
2. A. Sensibilidade
Homossexual
3. Do Erotismo à
Pornografia
4. O Fantástico, o
Medo e a Morte
IV — A FORÇA DO MODELO AMERICANO
1. Os Óscares e a Academia
2. Holllywood enquanto
Parque Infantil
3. O Cinema como
Máquina de Guerra
V — O PESADELO E O RISO
1. Charles Chaplin: A Angústia de ser Cómico
2. Groucho Marx: O
Caos e a Ordem
3. Woody Allen: Humor com Amor se Paga
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